jhonyson nobre
2 min readOct 1, 2021

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continue, passageiro

Faz uns dias que fiz 23 anos. Sob a ótica do universo, isso não é nada. Para mim, é a vida inteira.

O tempo e a sua relatividade sobre o ponto que temos como referência. Nessa curta passagem, até agora por aqui, percebo que sou passageiro. Tanta coisa já se foi, mesmo que eu quisesse que ficasse para sempre. Tanto já chegou e eu nem esperava. Conquistas, momentos, familiares, amigos, pessoas, diplomas. Todas essas coisas que de alguma forma deixam marcas. Seja em mim, em você que me encontrou no mundo no qual somos contemporâneos.

Eu às vezes me sinto perdido. Perdido nas minhas escolhas e nas coisas que elas me levam. Têm coisas que dedico meu tempo, de forma árdua, e por algum motivo precisam acabar. É dolorido deixar, deixar mudar, sentir a mudança ou perceber o mudar. Mas se daqui há 10 anos, o meu ”eu” de lá descobri que nada mudei… será que ele vai se agradar?

Percebo que se olho para trás, em um passado recente. Meses, semanas ou até um ano. Mudei demais. Acho que nem me reconheço, mas agradeço pelo que fui. Assim, cheguei no que sou. E construo um caminho para o que serei.

A mudança é movimento. Movimento é continuar. Continue, passageiro. A passagem é inevitável, pegue a vista da janela.

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jhonyson nobre

categorizando pensamentos em palavras quase exatas